sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A arte de rua


Tá bom! Eu sei que em todos os lugares se encontra relativamente fácil a arte de rua. Mas se estou falando da Itália (mais especificamente de Roma, neste momento), devo prestigiar o local e falar de SUA arte de rua. Além disso, competir com ruínas romanas (e suas estátuas) e com o Renascimento (e suas belas pinturas e esculturas clássicas), não é nada fácil. Artista de rua em Roma sofre...

A arte de rua, entretanto, tem lá as suas vantagens, não precisa provar nada pra ninguém, nem carece de aprovação acadêmica. Precisa muito mais agradar, e de imediato, o gosto popular. Sua aprovação tem de acontecer todos os dias, senão, não se sobrevive. Este é o grande desafio diário do artista que faz das calçadas a sua galeria ou o seu palco.


Domingo destes, andando por perto do Gheto, deparei-me com um pintor de palets e outros materiais afins. Em frente a uma escadaria de uma das tantas igrejas romanas, ele expunha suas obras. Simples, ingênuo, belo!


O músico de rua também povoa toda Roma, em cada praça, em cada via, há um deles. Na Piazza Navona, concorrem diariamente. Na Via dei Fori Imperiali, aos domingos, quando ela fica fechada para os carros. São diversos os estilos, cabem todos os gostos. Aprecio muito um grupo já mencionado em outro blog (http://anaingiro.blogspot.com). Mas há outros artistas que sempre ali comparecem, e outros que surgem e desaparecem do nada, muitos deles, igualmente apreciáveis. Na frente deles, invariavelmente, um chapéu para receber uns trocados ou discos à venda.

Via dei Fori Imperiali num domingo ensolarado: estátuas dos Cesares, artistas de rua, ciclistas, pedestres com e sem cachorros: uma grande e bela confusão

Alguns destes artistas me chamam a atenção e vejo neles um especial valor. Sinto-me tentada a me tornar um "mecenas". Falta-me, no entanto, o cacife dos Medici. Então, admiro-os e os incentivo. E os agradeço internamente por tornarem a minha estrada mais colorida e musical.

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